quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

ILHA DE PAQUETÁ

Outra ilha...

Pedaço do Rio antigo, no casario, nas luminárias das ruas, nos espaços amplos e, principalmente, no ritmo pausado das gentes.

Apenas cinco veículos a motor. Nas duas horas e meia que circulei pela ilha de bicicleta, entrando em todas as ruas, não deparei com nenhum. Por isso meu espanto com os dizeres de uma placa metálica afixada em uma rocha numa das curvas das empoeiradas ruas: " ..., amigo e amante de Paquetá, aqui faleceu vitimado por um trator".

Aqui, Madame Curie (aquela mesma que ganhou dois Prémios Nobel) chegou de hidroavião para passar uns dias. Também Dom João VI aqui aportou. O enferrujado canhão usado para saudar sua chegada lá está exposto.

Na Praia dos Tamoios, um pedaço de África: um majestoso embondeiro! Conta a lenda que um escravo moçambicano, pressentindo que o arrancavam de seu chão natal para sempre, trouxe a semente e aqui a plantou, para que um dia seus descendentes pudessem, seguindo a tradição, ser enterrados à sua sombra. (é o que conta a lenda, não sei se é verdade, tanto mais que fui eu próprio que a inventei). Numa placa presa ao tronco da árvore, pode-se ler:
"Sorte por longo prazo...
A quem me beija e respeita.
Mas sete anos de atraso...
A cada maldade a mim feita."


Pelo sim e pelo não, beijei-lhe o tronco.

2 comentários:

Pedro Romanholli disse...

Fui a Paquetá a trabalho ano passado. De fato, me pareceu inclusive um bom lugar a se morar a uma hora do centro.
Vi muitas casas a venda. Não identifiquei o motivo.

Beijo grande,
Pedrinho

Mural do Pedro Veludo disse...

Beijo grande Pedrinho. Sim, é tranquilo o lugar, bom para morar. Mas... o que a propaganda diz sobre a pureza das águas...