De novo em Morsing. Um calor de rachar. Mesmo assim, dou uma volta pelo vilarejo. Os maiores edifícios são os da Igreja Metodista, da Assembleia de Deus e da Igreja Católica. Uma dezena de botequins e... nenhuma farmácia. Deste modo, o vilarejo destoa dos dizeres de William K. Campbell em seu livro (creio que ainda não traduzido para o português) THE DARK FACE OF LATIN AMERICA: "... os centros urbanos brasileiros, independente da quantidade de habitantes, estão invariavelmente entupidos de igrejas, botequins e farmácias".
Morsing: o picapau comendo banana, o surpreendente Dão Meia Encosta, os morcegos entocados na laje com as cabeças de fora, a alegria da Rô mexendo na terra, a briga das formigas com as abelhas no tronco da goiabeira, o doce de goiaba, a enxurrada do final de tarde, o tempo parado. E o silêncio que, como se sabe, é uma mostra de que o tempo parou.
Morsing, o trem continua a passar, a apitar, mas não para.
Um comentário:
Lindos os morcegos no teto a olharem para baixo. O que eles olhavam?
Postar um comentário