sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

DE NOVO EM MORSING!

De novo em Morsing. Um calor de rachar. Mesmo assim, dou uma volta pelo vilarejo. Os maiores edifícios são os da Igreja Metodista, da Assembleia de Deus e da Igreja Católica. Uma dezena de botequins e... nenhuma farmácia. Deste modo, o vilarejo destoa dos dizeres de William K. Campbell em seu livro (creio que ainda não traduzido para o português) THE DARK FACE OF LATIN AMERICA: "... os centros urbanos brasileiros, independente da quantidade de habitantes, estão invariavelmente entupidos de igrejas, botequins e farmácias".

Morsing: o picapau comendo banana, o surpreendente Dão Meia Encosta, os morcegos entocados na laje com as cabeças de fora, a alegria da Rô mexendo na terra, a briga das formigas com as abelhas no tronco da goiabeira, o doce de goiaba, a enxurrada do final de tarde, o tempo parado. E o silêncio que, como se sabe, é uma mostra de que o tempo parou.


Morsing, o trem continua a passar, a apitar, mas não para.

Um comentário:

Rosângela disse...

Lindos os morcegos no teto a olharem para baixo. O que eles olhavam?