ALCÁÇOVAS
Alcáçovas e não Alcáçova (do árabe al-qasba = fortaleza com residência
soberana no interior) pois acredita-se que aqui existiram duas fortalezas.
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O coreto do Jardim Público |
No Jardim Público, junto ao coreto, em tempos
recuados acontecia a Feira da Conversa. Da “conversa” pois apesar dos cestos do
Algarve, da ourivesaria de Gondomar e outras joias vindas de vários lugares de
Portugal, os frequentadores, oriundos das localidades em redor, aproveitavam o
ensejo para por a conversa em dia… para desespero dos feirantes que nada
vendiam. Daí o nome: Feira da Conversa.
Nesse mesmo jardim já teve também lugar a Feira do
Chocalho. O chocalho, um símbolo da vila. Aliás, garantem os pastores, os
chocalhos pendurados aos pescoços das animálias, aumentam a produção de leite.
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Embrechados; Horto do Paço dos Henriques |
No sec. XIX existiam duas bandas filarmónicas: a
Banda dos Pés Frescos – formada por elementos de baixo poder aquisitivo – e a
Banda dos Nalgueiros – mais abastados, e não só de nalgas… Ambas faziam
arruadas e sempre que se encontravam era briga certa. Mas um dia fizeram as
pazes: juntaram-se e criaram a Sociedade União Alcaçovense.
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Aviso, junto à lavandaria pública |
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Os docinhos da Mostra de Doçaria de Alcáçovas (8 de dezembro) |
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O almocinho, pós caminhada pela vila (Paço Real) |
Na Igreja Matriz São Salvador, chamam-me a atenção
quatro leões em madeira que foram trazidos da Índia. Na verdade, dessas
paragens vieram oito dessas estatuetas. As outras quatro estão no Mosteiro dos
Jerónimos, em Lisboa.
Alcáçovas, uma vila com história, dizem os seus
habitantes.
Uma vila cheia de histórias, penso eu.