Editados recentemente em Lisboa, meus últimos textos são curtas metáforas elaboradas sobre fotos de um amigo, o Ricardo Barradas. Segue uma das fotos e o texto correspondente. Breve estarão disponíveis em link próprio todas as fotos e textos
Olho-te de alto a baixo. Fenda escura e húmida, receptáculo dos meus desejos, parêntesis de mim.
Tento penetrar-te. Fendas são livros fechados sem títulos nas capas. Abri-los, é fazer dançar falha com falha, fissura com fissura. Mas o passo nem sempre se acerta.
Há que escutar a mesma melodia, fechar os olhos e enfrentar os receios do escuro dando asas à incerta aventura dos desejos.
Tento penetrar-te. Fendas são livros fechados sem títulos nas capas. Abri-los, é fazer dançar falha com falha, fissura com fissura. Mas o passo nem sempre se acerta.
Há que escutar a mesma melodia, fechar os olhos e enfrentar os receios do escuro dando asas à incerta aventura dos desejos.