sábado, 9 de março de 2013

MACEIÓ


Maceió, Alagoas, Brasil

No check-in do voo que me levará a Maceió, apresento, não sem um certo constrangimento, um pedaço de papel, onde havia escrito à mão, o número de meu e-ticket. A moça olha o papel, vira-o de um lado e do outro, me olha, volta a olhar o papel e… aceita meu rabisco.
Já em Maceió, no aeroporto Zumbi dos Palmares penso, olhando as modernas instalações, o que Zumbi acharia de tudo aquilo. Dispenso os insistentes convites das empresas de táxi, e pego um ônibus que acabava de entrar no meu campo de visão: Aeroporto-Ponta Verde, justo para onde pretendo ir. Assim que entro, descubro que não só entrei num ônibus, mas também no século passado: a cobradora entrega-me um bilhete de papel numerado (uma numeração sequencial, onde meu número é único), com a data e hora do trajeto manuscritos por ela mesma, à minha frente.
Saio do ônibius exatamente na porta do hotel que me haviam reservado e entro de novo no século atual: WiFi, chave eletrônica do apartamento, atendimento computadorizado.
Maceió, da brisa constante à beira mar, das tapiocas e da água de coco insuperável. Do calçadão orlado de coqueiros e amendoeiras, e também acácias iguais às daquela cidade africana voltada para o Índico. Aqui os veículos param ANTES da faixa de pedestres! A primeira vez que um ônibus assim procedeu, não arrisquei atravessar: pensei que tivesse enguiçado e que a qualquer momento fosse avançar.
Maceió do Motel “Ceqsab”Fico imaginando a cara do espertalhão que, num primeiro encontro, pergunta à tímida moça: “Onde você quer ir?”
Como acontece em todas as cidades, aqui há várias Maceiós. Aquela onde me hospedo, desde que se fique voltado para o mar, portanto, de costas para os espigões que que parecem aumentar em número da noite para o dia, é belíssima. 

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